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quinta-feira, 21 de abril de 2016

A estupidez, declínio da sociedade (1ª parte)



Durante um bom tempo, andei às voltas com uma questão “porquê que estamos em declínio ?”, “porquê que estamos cada vez mais estúpidos ?”. Dei voltas e voltas, livro atrás de livro, pesquisa atrás de pesquisa, mas vi-me desarmado e obrigado a admitir que é fruta demais para a minha cabeça. Isto não dá para compreender. Apesar de tudo, recolhi muita informação sobre o sujeito, que vou partilhar. Escolhi um dado momento histórico para cada época marcante.

Simples cidadão que sou, convenho que, se “os caminhos do Senhor são insondáveis”, os caminhos da estupidez não o são menos. Após séculos e séculos de experiência, diria sucintamente, que quanto mais sabemos mais estúpidos ficamos. Longe vai o tempo da coragem exaltada e, da sublime melancolia, estrofada como uma música de piano, ao sabor do vento desta gloriosa terra e desses mares afora, nos nossos Lusíadas.
Camões ? Não vindes de onde estais! Repousai e resguardai-vos de deitardes um olho cá para fora... suplico-vos! evitareis assim que a morte vos leve uma segunda vez de tanto desgosto verdes. Isto já não é o que pensais, terra do vosso tempo, agora é um país, um como tantos outros, sem glória, sem bravura. É a republica das bananas, das ratazanas, das sanguessugas. É aquilo que nunca fomos e agora somos. Repousai... repousai, pois bem merecestes o descanso. Lembrai-vos que se um dia desejardes vir cá para fora render-nos uma visita, trazei-nos a solução...
Agora, esperando ou não pelo Camões, encontrei algumas pistas, pedaços de solução, espalhados por ali e acolá.

Observamos concretamente, que o declínio de uma sociedade vai sempre de par com o declínio da moral. Isto é um facto por demais evidente e incontestável, seja em que sociedade for, antiquada ou moderna. As minhas pesquisas sobre este sujeito, concentraram-se mais no Império Romano, sem portanto ter descurado a Antiga Grécia e Reinos Islâmicos.

Parece-me que o ponto central da questão, é a solidez ou fraqueza dos laços familiares. Assim como uma Nação é o conjunto de várias famílias, ligadas entre si pelos laços do sangue, uma família também não deixa de ser o conjunto de vários seres, também eles, ligados pelos laços do sangue. É de supor então, em principio, que atacando a família, corrompendo-a, uma após outra, uma Nação, por mais forte que seja, pelo menos no aspecto da moral, fatalmente irá sentir os efeitos desse ataque sobre todo o tecido social. O tremor do declino, começa sempre e sempre pela família. Desde o momento que se atinja uma massa critica moral de baixo instincto, no seio de uma Nação, o colapso aproxima-se.

- Antiga Grécia -

Por exemplo, nos tempos da Antiga Grécia, Políbio descreve-nos com uma certa precisão, um grande declínio demográfico que se fazia sentir na sua época. Tal situação é intrigante, interpelou-me, e busquei a saber quais as causas que precederam tal ruína demográfica. Mas não foi preciso buscar muito, pois as causas e a solução estão na descrição do antigo historiador. Este facto não é estranho ao nosso tempo e podemos estabelecer, mais coisa menos coisa, com as suas devidas proporções, um paralelo para com os dias de hoje, apesar de naquele tempo não existirem pílulas. Seja como for, com pílula ou sem pílula, as mesmas causas produzem sempre os mesmos efeitos.

Para termos uma ideia do sucedido, vai aqui um pequeno trecho do que Políbio nos conta:
“Citemos, entre outras coisas, esta penúria de homens que, nos nossos dias, se faz sentir em toda a Grécia, e que rende as nossas cidades desertas, nossos campos incultos, sem que portanto guerras em contínuo ou doenças tais como a peste tenham esgotado as nossas forças. Se imaginássemos consultar os deuses sobre este assunto, e de perguntar-lhes por quais palavras e por quais actos a Grécia poderia ser ainda mais povoada, e as cidades mais felizes, não seria incoerente de fazê-lo quando a causa é evidente, e os meios de remediar em nós mesmos ? No meio de uma população que se livra inteiramente ao orgulho, à avareza, à preguiça; que não se querem casar nem alimentar os filhos nascidos fora do casamento, ou pelo menos alimentar um ou dois, para deixar-lhes grandes riquezas e de os educar no seio da abundância, o mal cresceu sem darmos conta e com rapidez. Sobre esses dois filhos, a guerra ou a doença destroem pelo menos um; e assim, as casas ficaram pouco a pouco solitárias, tal e qual uma colmeia de abelhas desertada, as cidades perderam a sua população, o seu poderio. De que serve então, mais uma vez, ir perguntar aos deuses quais os meios de reparar um tal desgaste ? O primeiro homem vindo dizer-nos-à , que para remediar, basta corrigir os nossos costumes, ou pelo menos, obrigar, por uma Lei, os pais a educarem as suas crianças: não é aqui necessário adivinhos nem prodígios. Ora , podemos aplicar esta verdade a cada caso isolado desta natureza. Só existem então certos eventos cujas causas são indesvendáveis, ou difíceis de encontrar, sobre as quais se deve abster de pronunciar... ” (1)
Ora, após a constatação que Políbio nos faz desse momento, que ele achou estranho e, contrário à natureza das coisas, acha judiciosamente inútil perguntar aos deuses qual a solução para um tão grande mal, visto que tudo se resume a: mudar os costumes até então em vigor ou elaboração de Leis que exijam do cidadão a sua responsabilidade.

Simples não ? Talvez não seja assim tão simples quanto parece. Em todo o caso a solução proposta não é contrária à natureza das coisas. Isto dito, não existe então absolutamente nenhuma desculpa para o que se passa actualmente na nossa sociedade.

Esta imigração suposta colmatar o desvio demográfico, é desculpa esfarrapada dos corruptos governantes. Se as causas são as mesmas de outrora e os efeitos continuam os mesmos, as intenções de agora, no entanto, são muito obscuras... muito mas muito obscuras.

Voltando ao nosso assunto da “família”, finda a leitura de Políbio, podemos dizer que quando a solidez familiar se sente abalada, é toda uma Nação que corre perigo, pois a família é a base de uma Nação, o alicerce que a mantém de pé. Como vimos, as cidades da antiga Grécia, o equivalente hoje às nossas Nações, perdiam o seu poderio e eram presas fáceis das rapinas exteriores, a população não se renovava, porque os costumes e a moral familiar tinham sido corrompidos pelo individualismo, pelo materialismo, a ganância de usufruir de prazeres. O homem abandona a mulher, a mulher abandona o homem. Políbio conta-nos que as mulheres se suicidavam em massa, umas atrás das outras, desgostosas, pois não havia homens, apenas egoístas. Na actualidade, elas não precisam de se suicidar, outros “machos” prontos a perpetuar cada um a sua espécie, chegam aqui todos os dias prontos a tomar o lugar do homem europeu, efeminizado e maricôncio.

Violações em Colónia ? “Está mal e incorrecto!” diziam uns “machos” holandeses vestidos de mini-saia alguns dias depois dos acontecimentos(2). Valentes estes “machos”!! É de corajosos assim vestidos de mini-saia que a Europa precisa para defender as mulheres da terra! Óh que coragem! Eis aqueles que vão salvar a Europa do abismo!

E se achamos estes factos ridículos e absurdos, amanhã poderá ser a nossa vez, aqui em Portugal. Felizmente para nós, vamos poder contar com o apoio dos “machos” holandeses vestidos de mini-saia! Ao menos isso...

Descansai Camões... descansai em paz. Por enquanto podemos contar com os "machos" holandeses para a defesa da Europa...

Notas:
(1) - Políbio,Historia Geral, Livro 37, parag.17 Versão Inglesa AQUI
(2) - http://www.nltimes.nl/2016/01/11/amsterdam-men-to-don-miniskirts-in-support-of-cologne-women/

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