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sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

As origens judaicas da Inglaterra multicultural (1ª parte)

 O navio Empire Windrush detém um lugar especialmente infame na mente dos nacionalistas britânicos. Quando chega ás docas de Tilbury Docks, em Junho de 1948, com 417 imigrantes negros a bordo, este navio proveniente da Jamaica marcou uma reviravolta na história das ilhas britânicas. De certa forma, ele marcou o início da imigração de massa organizada de   não-europeus para os países do Norte-Oeste da Europa.     

Os judeus e a imigração jamaicana na Inglaterra

Um ponto em particular surpreendeu-me quando comecei a minha investigação sobre as origens da Grande-Bretanha multicultural, são circunstâncias muito nebulosas á volta da chegada deste navio infame. Mas, primeiro, eu deveria talvez chamar a atenção para uma estranha ironia da história - o navio que viria a anunciar o fim da homogeneidade racial na Grande-Bretanha era originalmente um navio de cruzeiro dos Nazis. Ele começou a sua carreira em 1930 com o nome de Monte Rosa. Até que a guerra estourou, ele navegava no quadro do programa alemão Kraft durch Freude ( A força pela alegria). Este programa tinha permitido a mais de 25 milhões de alemães de todas as classes sociais de desfrutar de viagens subsidiadas e muitas outras actividades de lazer, reforçando assim o seu sentimento de comunidade e de unidade racial.

Em navios como o Monte Rosa, a solidariedade racial tomava o passo sobre a posição social graças á atribuição das cabines por tiragem á sorte, em vez de as melhores cabines serem reservadas para aqueles que tinham meios financeiros. Antes que a guerra se declare, o navio levava membros do NSDAP em cruzeiro para a América do Sul. Em 1939, o navio foi designado para missões militares. Ele serviu para o transporte de tropas para a invasão da Noruega em 1940. Em 1944, no mar Báltico, foi utilizado para socorrer os alemães surpreendidos com o avanço do Exército Vermelho na Letónia, Prússia Oriental e a Dantzig .

Finalmente, em maio de 1945, a carreira alemã do Monte Rosa parou quando ele foi capturado a Kiel pelas forças britânicas e considerado como uma presa de guerra. Em 21 de Janeiro de 1947, ele foi re-baptisado Empire Windrush pelos britânicos, que também iriam utilizá-lo como transportador de tropas. Partindo de Southampton, o navio levou tropas britânicas para destinos tão variados como Suez, Aden, Colombo, Singapura e Hong Kong. Ponto crucial, o navio não era explorado directamente pelo governo britânico, mas pela New Zealand Shipping Company (Companhia de transportes marítimos da Nova Zelândia).

É com este pequeno detalhe que começamos a nossa descida para a toca do coelho. Logo descobri que a New Zealand Shipping Company, assim como outros actores principais da história do Windrush, tinha proprietários e gerentes judeus. A empresa estava principalmente sob o controle da família Isaacs, especialmente os descendentes directos de Henry e George Isaacs. Henry e George deixaram a Inglaterra em 1852 devido ao incentivo de um terceiro irmão, Edward, e desembarcaram em Auckland via Melbourne. Eles estabeleceram a empresa E & M Isaacs, comportando-se como especuladores durante as guerras de Taranaki e Waikato, e obtiveram assim um certo número de importantes contratos relativos á logística das tropas.

Henry envolve-se em actividades de transporte marítimo e foi membro do conselho de administração do porto de Auckland durante muitos anos. Foi um dos principais accionistas da Auckland Shipping Company, que mais tarde foi incorporada á New Zealand Shipping Company. Os outros principais acionistas da companhia foram Laurence e Alfred Nathan, de L.D. Nathan & Company. Desde os anos de 1890, a indústria de transporte marítimo de Auckland, como muitas outras linhas de transporte coloniais, encontravam-se na prática sob o monopólio judeu. Nos anos de 1947 e 1948, e ao critério dos Ministérios da Guerra e do Transporte, muitos antigos navios alemães foram concedidos sob contrato a várias dessas empresas privadas.

O secretário de Estado para a Guerra durante esses anos cruciais era nada mais nem menos que Emanuel Shinwell, o filho socialista de judeus polacos e holandeses. Foi descoberto pelos serviços secretos do MI5 que Shinwell, que com uma lealdade e patriotismo típico da sua raça, tinha transmitido segredos britânicos para o Irgoun, na Palestina, em Novembro de 1947. Para ele, distribuir desproporcionalmente navios e contratos governamentais para os seus companheiros judeus, fazia certamente parte da rotina.

Em 1948, o Império Britânico estava em ruínas. A Índia conseguira a sua independência em 1947, e uma Grande-Bretanha esgotada, sem controlo, e endividada, ocupava-se a organizar o retorno das tropas coloniais para o seu país, e a levar outras tropas para os conflitos presentes e futuros. O Windrush servia principalmente para essa tarefa até Maio de 1948, quando os operadores judeus do navio foram autorizados pelo Ministério britânico dos Transportes a aumentar os seus lucros enchendo-o ao máximo na Jamaica com passageiros pagantes (imigrantes em vez de militares sob contrato) antes de retornar à Grande-Bretanha com estes novos colonos a bordo.

Esta decisão capital parece ter sido tomada muito arbitrariamente (e certamente de maneira não democrática) porque ela causou entre os políticos britânicos um grande alvoroço e confusão quando mais tarde tiveram conhecimento disso. Talvez tivessem ficado menos surpreendidos se tomassem em consideração a origem étnica do responsável do Ministério dos Transportes que autorizou essa operação. Durante este período crucial, o Ministro dos Transportes era Harry Louis Nathan, um ex-membro do escritório de advogados da Herbert Oppenheimer, Nathan e Vandyk, e também um parente distante dos proprietários da da New Zealand Shipping Company.

A oligarquia judaica da Inglaterra

Se essa rede de relacionamentos já parece um pouco confusa, os leitores fariam bem em examinar alguns destes desenvolvimentos e "coincidências" que ocorreram no contexto do parentesco familiar anglo-judaico, um caso que eu abordei para o The Occidental Observer há uns três anos atrás. Desde o início do século 19 até a 1ª Guerra Mundial, os judeus da Inglaterra eram governados por uma oligarquia estreitamente soldada.

Daniel Gutwein afirma que esta elite anglo-judaica era composta por duas dezenas de famílias ashkenazes e sefarditas relacionadas entre si, incluindo as casas de Goldsmith, Montagu, Nathan, Cohen, Isaacs, Abrahams, Samuel, e Montefiore. Alguns destes nomes já apareceram, e apaecerão novamente na história do Windrush. Como líder, é claro, encontrava-se a Casa de Rothschild. [1] Esta rede de famílias tinha um "grau invulgarmente elevado de consanguinidade", o que lhe valeu ser chamada de "O Parentesco." [2] As conversões e casamentos mistos eram extremamente raros, se não inexistentes. As actividades comerciais do grupo eram tão entrelaçadas como as suas linhagens ancestrais. Isto é o que eu mostrei no meu ensaio anterior, observando que:

« Em 1870, o tesoureiro do Conselho Judaico dos Guardiãos, em Londres, era Ferdinand de Rothschild (1838-1898), nascido em Viena. Ferdinand tinha-se casado com a sua prima Elvina, que era a sobrinha do presidente da United Synagogue de Londres, Sir Anthony de Rothschild (1810-1876). Enquanto isso, o Conselho de Deputados era na época dirigido por Moses Montefiore, cuja esposa, uma filha de Levi Barent Cohen, estava aparentada a Nathan Meyer Rothschild. A esposa de Nathan Meyer Rothschild era uma filha de Levi Barent Cohen, e Montefiore era portanto o tio de Anthony de Rothschild, mencionado acima. (...) Anthony era casado com a sobrinha de Montefiore, filha de Abraham Montefiore e Henrietta [3] (...) e assim por diante. Em termos financeiros, as casas dos Rothschilds e Montefiore uniram-se em 1824 para formar a Companhia de Seguros Aliança, e a maioria das famílias envolvidas na operação bancária e correctagem de acções. Endelmann observa que nessas sociedades, os "novos recrutas eram inteiramente pertencentes aos laços familiares." [4] Ao trabalhar estrictamente nesse quadro de rede étnica e familiar, o Parentesco acumula enormes fortunas. Nos anos anteriores à Primeira Guerra Mundial, embora representem menos de 0,3% da população, os judeus representavam mais de 20% dos milionários britânicos que não eram proprietários de terras. [5] William Rubinstein observa que esses milionários, pertencem todos ao Parentesco. [6] »

É o Parentesco que abriu aos judeus da Grande-Bretanha a via do poder político directo. Desde 1900, graças à constituição de redes étnicas e familiares, o Parentesco detinha a maior parte dos cargos administrativos mais influentes do Império. Feldman observou que, naquela época, a família Nathan sozinha detinha os cargos de governador da Costa-do-Ouro [NdT: actual Gana], de Hong Kong e do Natal, procurador-geral e juíz-chefe no Trinidade, secretário privado do vice-rei da Índia, secretário-chefe do governador do Bengala oriental e do Assam, e director-geral de cargos no Bengala. [7]

No Parlamento, Lionel Abrahams era vice-subsecretário adjunto no Ofício da Índia. Ele trabalhava sob a direcção do seu primo Edwin Montagu, que era subsecretário parlamentar para a Índia. [8] Ao mesmo tempo que se desenvolvia um monopólio judeu sobre as posições-chave do Império, produziram-se inúmeros casos de corrupção e enriquecimento por favoritismo. O Parentesco desempenhou um papel fundamental na difusão de falsas histórias de pogroms russos em todo o Ocidente, na instigação por razões comerciais da guerra dos Boers, no escândalo Marconi e no escândalo do ouro indiano.

As famílias Nathan e Isaacs que detinham e geriam a New Zealand Shipping Company pertenciam também ao Parentesco, tudo como Harry Nathan, que ocupou o estratégico cargo de Ministro dos Transportes de 1946 a 1948. Foi durante esses anos cruciais que muitos antigos navios militares, de origem estrangeira ou não, foram recolocados para uso comercial e entregues pela Royal Navy a empresas privadas (principalmente a proprietários judeus). Tudo como no caso Marconi, onde a corrupção por favoritismo desempenhou um papel central, o facto de que o Ministério dos Transportes era dirigido por um primo judeu, e que o Ministério da Guerra era dirigido por outro judeu, era uma boa-nova para os membros do Parentesco, que tinha assim assegurado os monopólios das companhias e rotas de transporte marítimo. Eles poderiam esperar beneficiar  de contratos á repetição com o governo para operar os navios recém-adquiridos como o Empire Windrush. Esses contratos com o governo, assim como a paixão judaica do lucro, desempenharam um importante papel no desenvolvimento da indústria de transporte de passageiros, que ao longo das próximas duas décadas traria para a Grande-Bretanha vagas e vagas de negros, indianos e paquistaneses.

O monopólio judeu na Jamaica britânica

Eu não me importo de saber se era no início uma campanha concertada para inundar a Grande-Bretanha de povos não-europeus, se era por motivos puramente financeiros ou se era um mistura de ambos. O facto é que os judeus tiveram um papel de grande visibilidade durante todo o processo. Mesmo a forma como os negros foram incentivados a tomar o barco para a Grande-Bretanha merece uma observação. Cerca de três semanas antes que o Empire Windrush chegue à Jamaica, os negros tinham sido bombardeados de propaganda para atravessarem por bom preço direcção á Grande-Bretanha, e de artigos que divulgavam a nova vida que era possível em Londres. Stephen Pollard escreveu que "a resposta foi quase instantânea. Filas de espera formaram-se em frente à agência de reservas e todos os lugares foram vendidos." [9] As publicidades eram frequentemente folhetos de propaganda que representavam uma imagem idílica da vida e oportunidades de emprego na Grande-Bretanha - o oposto da dura realidade. Eles conseguiram gerar um entusiasmo colectivo entre os negros ansiosos para rumarem para o novo estado-providência.

Daniel Lawrence cita, como exemplo, um imigrante que explica a sua mudança para a Grande-Bretanha: "Bem, eu deixei a Jamaica porque eu vi os anúncios no jornal The Gleaner. (...) Eu parti para melhorar a minha situação. Esta foi a principal razão." [10] O jornal The Gleaner faz parte da Gleaner Company, que até hoje goza de um monopólio de facto na imprensa jamaicana. Esta empresa foi fundada em 1834 pelos irmãos judeus Jacob e Joshua Cordova. Ela permaneceu, desde então, uma espécie de micro-Parentesco jamaicano. Mesmo quando ela foi registada como uma empresa privada em 1897, seus primeiros directores usavam uma variedade de nomes askenazes e sefarditas, como Ashenheim e Mercado. Na época quando os anúncios para o Empire Windrush foram publicados, o director-geral era Michael de Cordova. Mesmo até o final dos anos 1960, apesar de não contar mais que 600 indivíduos em todo o país, de acordo com Anita Waters, a poderosa minoria judaica da Jamaica controlava "uma grande parte das maiores empresas da ilha". [11] Antes que as políticas socialistas do governo de Manley sejam postas em obra (1972-1980), os judeus "controlavam a única cimenteira do país, o sector da rádio, a companhia telefónica, e a maior companhia de rum." [12]

[1] D. Gutwein, The Divided Elite: Politics and Anglo-Jewry, 1882-1917 (Leiden: E.J. Brill, 1992), p.5.
[2] T. Endelmann, “Communal Solidarity and Family Loyalty Among the Jewish Elite of Victorian London,” Victorian Studies, 28 (3), pp.491-526, p.491 & 495.
[3] Ibid, p.496.
[4] Ibid, p.519.
[5] Ibid.
[6] W. Rubinstein, “The Jewish Economic Elite in Britain, 1808-1909,” Jewish Historical Society of England. Available at: http://www.jhse.org/book/export/article/21930.
[7] D. Feldman, “Jews and the British Empire c1900″ History Workshop Journal, 63 (1), pp.70-89. Available at: http://eprints.bbk.ac.uk/655/2/655.pdf.
[8] Ibid.
[9] S. Pollard, Ten Days That Changed the Nation: The Making of Modern Britain (Simon& Schuster, 1999), p.4
[10] D. Lawrence, Black Migrants, White Natives: A Study of Race Relations in Nottingham (Cambridge University Press, 1974), p.19
[11] A. Waters, Race, Class and Symbols: Rastafari and Reggae in Jamaican Politics (Transaction, 1999), p.41.
[12] Ibid.

Fonte:  theoccidentalobserver Autor: Andrew Joyce


Continuação na 2ª parte

6 comentários:

  1. Parabéns pela tradução e protagonismo. Possivelmente irei usar esse artigo!

    Saudações!

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    1. Utiliza á vontade. Tomara nós que isso fosse divulgado em todo o lado.

      Boas

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  2. Excelente artigo, parabéns.

    Só discordo do autor no pensamento seguinte:
    "Eu não me importo de saber se era no início uma campanha concertada para inundar a Grande-Bretanha de povos não-europeus, se era por motivos puramente financeiros ou se era um mistura de ambos."

    Pelo contrário, é estritamente importante saber se a imigração provocada não é apenas uma busca por enriquecimento.

    Declarar que o objetivo era financeiro acaba por retirar a culpabilidade desses judeus do parentesco e por encobrir seu plano de dominação por meio da destruição cultural e racial.

    Dentro do capitalismo todos buscam enriquecer, porém quando há um sistema de ações e planejamento ordenado para destruir um povo estamos tratando de outra coisa. Desvendar os meios de ação da cúpula sionista é o mais importante, a mestiçagem forçada já estava planejada faz séculos e declarada nos Protocolos.

    A imigração pode ter rendido verbas aos judeus, porém finanças não são nada quando comparados ao domínio total do país e o poder, com poder você fabrica dinheiro, controla os meios de produção.
    A democracia, a mídia, o bolchevismo, o progressismo... tudo está dentro de uma planificação coerente e não é uma eventualidade para "fazer dinheiro".

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    1. nem mais. a tese de que a imigração é provocada pela sede de lucro e mão-de-obra barata do capitalismo, é parcialmente verdadeira, mas incompleta.

      é verdade que o capitalismo busca maximizar o lucro e estagnar ou mesmo diminuir salários, quase até ao nível de escravatura ou semi-escravatura, mas não é esse o único objectivo do capitalismo.

      o capitalismo faz isso mesmo para deliberadamente extinguir as populações indígenas...não apenas por motivos económicos, mas também ideológicos, isto é, sionistas.

      claro que nunca o dizem ou assumem frontalmente à boca cheia.
      por isso mesmo é que os capitalistas financiam e patrocinam os movimentos esquerdistas e marxistas anti-indígenas que promovem ideologicamente o tal multiculturalismo, porque o marxismo para os capitalistas é um bode expiatório onde eles se podem sempre limpar e colocar lá as suas culpas e crimes todos.

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    2. Não penso que ele tenha dito isso por desprezo ou por falta de interesse ou ignorância. Acho que o objectivo dele era mostrar como tudo começou lá na Inglaterra.

      É interessante termos em conta, que tal e qual fizeram nessa época, fazem exactamente hoje em dia: ludibriar esses imigrantes que aqui é o paraíso, que têm trabalho com fartura...

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