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terça-feira, 18 de agosto de 2015

O verdadeiro objectivo da "terapia de choque" na Grécia.

 12,5 milhões de Alemães vivem abaixo do limiar da pobreza. Apesar deste resultado desastroso, Angela Merkel pretende impor o "modelo Alemão" ao mundo inteiro. Michel Collon nalisa o exemplo da Alemanha.

Na verdade, o modelo Alemão não funciona. E é lógico: se se baixa os salários, se multiplica os empregos precários (viu-se mesmo pessoas receberem 1 euro á hora!), enfim se aumenta os benefícios das multinacionais ruinando os trabalhadores, o que lhes resta para comprar ? A quem essas mesmas multinacionais podem elas vender se não não existe poder de compra ? Os únicos beneficiários do modelo Alemão, são os acçionários das multinacionais exportadoras: Siemens, Thyssen, Mercedes, BASF. Os tais 1%.

Apesar desta falência, Merkel e as multinacionais alemãs exercem desde então chantagens odiosas para fazer baixar ainda mais o nível de vida dos trabalhadores gregos. Portanto, este já perderam enormemente: salários -37%, reformas -48%, consumo -33%. E todos os analistas com um pouco de reflexão o dizem: esta "terapia de choque" made in Berlin agravará a crise económica grega e diminuirá a capacidade do país para sair da crise.

Tudo isto, dizem-nos, "para ajudar os Gregos a reembolsar a divida". Falso por três razões:

 A divida é ilegítima, mostrou Eric Toussaint, pesquisador internacional de dividas. Contraída pelos 1% Gregos que são cúmplices dos bancos alemães e internacionais, tal não serviu de proveito aos outros 99%.

A divida grega não é pior que a dos Estados-Unidos que toda a gente louva.

Os que deveriam reembolsar são: o banco americano Goldman Sachs que aldrabou expressamente os números da divida grega, Merkel e Sarkozy que venderam armas inúteis á Grécia em plena crise financeira, os bancos alemães que impuseram taxas de ladrão, Barroso que passava as suas férias com o riquíssimo armador grego Latsis e ao qual a sua Comissão disponibilizou 10 milhões de euros de subsídios, e a lista dos aproveitadores é ainda muito longa...

O verdadeiro objectivo desta terapia de choque não é a de ajudar os Gregos, mas de pô-los de joelhos. Com três objectivos diferentes:

Privatizar para roubar as empresas publicas, seus portos, suas ilhas turísticas. Para tentar resolver a crise, as sociedades alemãs pilham as sociedades estrangeiras.

Transformar a Grécia numa nova Roménia: deserto económico, e portanto um reservatório de mão de obra praticamente gratuita.

Fazer disso um exemplo para amedrontar os outros povos europeus que se revoltem contra esta política injusta. É questão de matar a esperança.

Depois dos Gregos, será a nossa vez (o autor refere-se á França). É tempo de desencadear uma protestação dos cidadãos europeus, para apoiar os gregos.

FONTE

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