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sábado, 18 de abril de 2015

O FMI já fez 2,5€ Md de benefícios sobre os seus empréstimos à Grécia

Jubilee Debt Campaign mostra que o FMI já fez 2,5€ Md de benefícios sobre os seus empréstimos à Grécia desde 2010, e isto antes do pagamento de 462€ milhões de quinta-feira, 9 de Abril. Se a Grécia reembolsa o FMI na íntegra, este número ascenderá a 4,3€ Md em 2024.

O FMI aplica uma taxa de juros efectiva de 3,6% nos seus empréstimos á Grécia. Isto é muito mais que a taxa de 0,9%, que a instituição actualmente precisa para cobrir os seus custos. A esta taxa de juro, a Grécia teria pago 2,5€ Md a menos ao FMI.

O conjunto de todos os empréstimos a todos os países em crise de dívida entre 2010 e 2014, o FMI fez um lucro total de 8,4€ Md, do qual mais de um quarto provém da Grécia. Todo este dinheiro foi adicionado ás reservas do Fundo, totalizando um total de 19€ Md. Estas reservas são destinadas a cobrir os custos do não pagamento da divida. A dívida total da Grécia para o FMI é actualmente de 24€ Md.

Tim Jones, economista no Jubilee Debt Campaign, disse:

- Os empréstimos do FMI á Grécia não só têm recuperado os bancos que emprestaram irresponsavelmente, mas eles na verdade têm tirado ainda mais dinheiro ao País. Este juros usurários adiciona a dívida injusta imposta sobre a população Grega.





sábado, 11 de abril de 2015

A Islândia quer revolucionar o sistema monetário

O Governo planeia tirar aos Bancos o poder de criar moeda.

No contexto da crise financeira de 2008, a Islândia tornou-se conhecida por se recusar a proteger os credores dos bancos. Para evitar um novo colapso, o partido Progressista, actualmente no poder, quer concentrar a criação de moeda no banco central daquele país, adianta o portal Business Insider.

Atualmente, o banco central é responsável apenas pela criação das notas e moedas da Islândia. A responsabilidade sobre o crédito, outra forma de criar nova moeda, é dos bancos comerciais. O partido Progressista pretende que o regulador passe a concentrar os dois papéis.

Ainda no âmbito desta proposta, os bancos continuariam a ser as entidades responsáveis pelas contas e pelos pagamentos, mantendo o papel de intermediários entre credores e devedores. "Fundamentalmente, o poder de criar dinheiro é mantido separado do poder de decidir como esse novo dinheiro é usado", sustenta o autor da proposta, Frosti Sigurjonsson.

Sigurjonsson refere que até agora o banco central não tem sido capaz de controlar o crédito excessivo, promovendo uma subida da inflação e assumindo riscos exagerados e de especulação. Uma ameaça que pode resultar no colapso do sistema financeiro e levar a custos do Estado com resgates do sistema.

Desde 1875, o país viveu "mais de 20 momentos de diferentes tipos de crise financeira. Seis destes momentos ocorreram, em média, a cada 15 anos", revela um estudo de quatro banqueiros, citado pela mesma fonte. O responsável pelo estudo, Frosti Sigurjonsson, quer que se evite uma repetição deste cenário.
FONTE: 1
FONTE: 2

O privilégio dado aos Bancos de criar a massa monetária, tem sido a principal razão do endividamento dos Países. Falamos do chamado "crédito" privado, o refinanciamento Estatal nos mercados financeiros, que no nosso caso, mesmo a taxas de juro baixas, não compensa, nem ganhamos nada com isso, apenas nos endividamos cada vez mais, isto porque a taxa de crescimento, continua a ser inferior ás taxas de juro. Significa isto, que actualmente, estamos numa impossibilidade matemática de liquidar nossa dívida. Estamos simplesmente, doa a quem doer, escravos da Banca.